Acompanho “in loco” as visitas do WTCC desde 2006, e posso dizer com toda a certeza que, neste ano, o Mundial nada mais é que um coadjuvante de luxo da Stock Car. Já era óbvio que o interesse nacional e dos curitibanos cairia muito com a ausência de Augusto Farfus, mas, vendo por aqui, o buraco é bem mais embaixo. Neste ano, nem Cacá Bueno salvou.
Pelo fato de todos os pilotos correrem sem o lastro de sucesso, que é determinado após os resultados da rodada de abertura, as corridas em Curitiba sempre foram chatas, sempre com alguma marca dominando facilmente _é aqui que as pessoas sabem quem é o carro a ser batido, como era a BMW no início e foi a Seat nos últimos anos.
Além disso, a saída oficial da BMW e da Seat, além da retirada de nomes de peso como Andy Priaulx, o próprio Farfus e Jörg Müller, só para citar alguns, provocou um esvaziamento cruel dos membros da imprensa especializada internacional na sala de imprensa.
Se, até o ano passado, podíamos contabilizar mais de 40 pessoas, entre jornalistas e fotógrafos, desta vez a língua predominante é o português. As salas reservadas para os estrangeiros ficaram às moscas e foram rapidamente tomadas pelos brasileiros. Sem contar que, na pista, o domínio é todo da Chevrolet, a única montadora presente de forma oficial.
É uma pena que isso aconteça, pois, se esta linha seguir, a chance de o WTCC morrer nos próximos anos é infinitamente grande.